Congresso dá início a campanha dos 16 Dias de Ativismo
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"Nós temos duas grandes causas: combater a violência contra a mulher e diminuir a discriminação racial”, declarou a senadora Simone Tebet (PMDB-MS), no Ato Solene “Congresso Nacional pelo fim da violência contra a Mulher”, nesta quarta-feira - dia 25 de novembro - Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, que faz parte da campanha “16 dias de ativismo, pelo fim da violência contra as mulheres”.
Em 2013, morreram assassinadas 66,7% mais meninas e mulheres negras do que brancas, segundo o Mapa da Violência 2015, que foi apresentado durante o evento. O estudo, divulgado recentemente, revela que 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil e que houve um aumento expressivo do assassinato de mulheres negras.
Para reverter essa situação, o Congresso nacional criou a Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher, que, em parceria com a Procuradoria da Mulher do Senado e a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, montou uma extwnsão programação para a campanha dos 16 Dias de Ativismo.
Em seus discursos, as parlamentares manifestaram o compromisso de permanecer na luta de combate a violência contra a mulher, impedindo retrocessos em suas conquistas, ameaçada nos últimos tempos pelo conservadorismo do Congresso.
Entre as ferramentas da luta, a senadora Simone Tebet, que falou em nome da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), procuradora da Mulher no Senado, apresentou o Blog da Comissão. Segundo a senadora, além de informações sobre atuação e ações do colegiado, o blog também vai compartilhar experiências de situações de violência vividas por mulheres, para que se “desnaturalize a violência”, explicou a senadora.
A deputada Luizianne Lins (PT-CE), relatora da comissão, ao discursar, citou o filósofo alemão Karl Marx, para dizer que a opressão contra a mulher demonstra o grau de atraso de uma sociedade. Ao mesmo tempo, disse que a campanha representa o “momento-chave para que as mulheres não cedam em seus direitos conquistados”, destacando que “nos últimos tempos temos sofridos ameaças e revezes. Esses são desafios que serão enfrentados da mesma maneira com que obtivemos nossas conquistas”, assinalou.
Entre as conquistas, as oradoras destacaram a aprovação, este ano, da lei do feminicídio. Foi o caso da representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, que, ao citar a lei que agrava a pena quando crime for praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, disse que “as mulheres brasileiras estão mudando o rumo desse país.”
Fonte:http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=273277
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